sexta-feira, janeiro 20, 2006

Perdão

Desiludida e zangada comigo mesma. Porque sou assim. Criança.
Às vezes é bom. A maioria das vezes é péssimo.
Por ser uma criança inconsequente magoei duas amigas. E sou tão estúpida que nem percebi as suas (óbvias) reacções.
Quando vinha para casa liguei à Madrinha. Não atendeu. Liguei ao Padrinho. Também não. [Devem estar a fazer alguma coisa, mais tarde ligo.] Li o comentário que ela me deixou. [Tem toda a razão! E claro que não se pode deixar que outros o façam!] A hipótese de me incluir no outros foi coisa que nunca me passou pela cabeça. Muito menos eu ser outros.
Fui ler a Lady. Estranhei ter sido apagada dos links. [Oh, fiquei tão orgulhosa por me ter posto lá! Porque será que tirou?! Tenho de lhe mandar um comentário a perguntar...] A única hipótese que pûs foi não ser importante o suficiente para lá estar. Mas se fosse por isso nunca me tinha posto lá. Não fazia sentido...
Telefonei outra vez à Madrinha. E ao Padrinho. Nada. Fiquei verdadeiramente preocupada. Mandei uma mensagem. Nada. A preocupação aumentou. Liguei outra vez. Como resposta, uma mensagem curta dizendo que estava a dormir. [Desde as dez da noite?!? Deve andar mesmo esgotada.] Não liguei à frieza das palavras, atribuí-a ao sono.
Só percebi quando vi que faltava um bocado do texto. Só nessa altura percebi a brutalidade das minhas palavras. Estúpida.
Desculpa, Madrinha.
Desculpa, Lady.
Lamento ter invadido a vossa privacidade desta maneira. Lamento mais ainda não ter sequer pensado que o estava a fazer.
Desculpem-me o egoísmo e a falta de sensibilidade.
Com isto aprendi que não tenho o direito de expôr a mais pequena coisa que não seja minha. Aprendi que tenho de pensar muito bem naquilo que escrevo, porque me lêem (mas não me vêem).
Aprendi que as palavras escritas são muito diferentes das ditas. Quando falo olham para os meus olhos, vêem a minha expressão, sabem o que estou a pensar, não há dúvidas (e se as houver podem ser rapidamente esclarecidas). Quando escrevo, o que vêem são apenas palavras e cada um pode interpretá-las como quiser.
Nunca escrevi com maldade, com intenção de magoar quem quer que seja. Espero que não tenham dúvidas disso. Fui ingénua ao ponto de pensar que iam gostar, que sentiriam a minha escrita como uma espécie de homenagem. Fui ingénua demais. Criança demais.
Perdoem-me. Por favor.

2 Comments:

Blogger Catarina voou...

Estás perdoada. Já volto a pôr-te lá.
Já passou...

21 janeiro, 2006 10:46  
Blogger Ladybug voou...

Obrigada linda!
No Sábado explico-te o porquê. Tenho a certeza que vais perceber.
Gosto muito de ti.

23 janeiro, 2006 02:55  

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