Apaixonada (2)
SONETO DO AMOR TOTAL
Amo-te tanto, meu amor...não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor presente,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
[Há muitos anos atrás - não sei precisar quantos, uns 8 ou 9... - transcrevi este soneto para o Fofo num postal do Dia dos Namorados. Já nessa altura a poesia de Vinícius me enchia o coração de tal maneira que parecia querer saltar fora do peito...]
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home